Engravatados, com a corda no pescoço
vamos ao boteco mais próximo
e bebemos o estoque de bebidas
Contemos as abobrinhas da semana toda
Bebidas, biscates, bíblias, bifes, ...
Bibocaborracheira de bifebebes
Loucura da juventude vigorosa
Cães lambendo o sangue
Nesta estranha extravagância
E o álcool quente
afogueando o hálito e os órgãos vitais
Adie-se presente, volte amanhã
Hoje não!
Bebericagem de desordeiros mamarões
E todos, no velho costume, vamos à farra
Bebendo com insaciáveis engulhos
Leite da loucura
Fragantes espectadores aprisionados na vida
Aniversário da Vó Déia - 82 anos
domingo, 21 de agosto de 2011
O homem sem cabeça (Bissol)
A cabeça decepada bebia
de chops chops prostada na mesa de bar
embriagada e já sem condições sortidas
blasfemava o passado e agonizava o futuro
No descuido, saiu sem pagar
pois não tinha dinheiro no bolso
e nem bolso, e se o tivesse,
não teria mãos para sacá-lo
Saiu calmamente,
na maior cara de pau
(que era uma das únicas sensações que ainda tinha)
Riu de si mesmo e de todos os outros
e se foi pelos descaminhos da trilha verdadeira
em sua totalidade dilacerada, apartada do corpo
de chops chops prostada na mesa de bar
embriagada e já sem condições sortidas
blasfemava o passado e agonizava o futuro
No descuido, saiu sem pagar
pois não tinha dinheiro no bolso
e nem bolso, e se o tivesse,
não teria mãos para sacá-lo
Saiu calmamente,
na maior cara de pau
(que era uma das únicas sensações que ainda tinha)
Riu de si mesmo e de todos os outros
e se foi pelos descaminhos da trilha verdadeira
em sua totalidade dilacerada, apartada do corpo
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