De repente a felicidade me pegou desprevenido
Despretensiosa, simples, sem falsas intenções
Trouxe-me paz ao meu coração cheio de privações
Transformou minha letargia em fogo renascido
Eu me perguntei se isso era a tão almejada felicidade
Eu que tinha feito tão grandes planos ao seu enlace
Altas terapias, viagens, leituras de múltiplos impasses
Mirando ser feliz, quem sabe um dia, em avançada idade
Mas hoje ela veio linda beijar-me sem mais nem porquês
E eu viajei livre, totalmente integrado à sua natureza
Que todos meus problemas se reduziram a parcas miudezas
Evaporando-se ao vento gentil e ao firme sol camponês
Concluí em uma viagem interior, lenta, filosófica, reflexiva
Que a felicidade é a arte da simplicidade da paz construtiva