Vi hoje a menina dos meus olhos
Ela era doce e meiga
era pássaro voando, amante companheira
Despertou em mim sentidos intocáveis
Quebrou as barreiras invisíveis
do eu que morria em mim mesmo
Seus olhos tinham o furor da aurora
Sua pele cheirava aroma de um lual
Nas suas mãos a dor incurável
solfejava as notas nupciais de Mendelssohn
Queria ser dela interminavelmente
Chegar do dia mais exausto e acolher-me
com sabores de que só existe o bem
Olhar seus olhos e enxergar o mundo de um outro prisma
Tocar sua boca e fomentar o amanhã
E quando já bem velho
escorar minha ossadura na sua e tornarmo-nos fortes
Dizer ao mundo, que apesar do tempo,
não desistimos de termo-nos e enfeitarmo-nos
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