se não houver flores, valeu a sombra das folhas;
se não houver folhas, valeu a intenção da semente.”
Henfil
Mulher afegã, de hijab e rosto à mostra, não se iluda
A vida em seu país mísero ainda é a pior que existeOs casamentos arranjados são o único amor que persiste
Meninas são vendidas como mulas por suas famílias mudas
Muitas são compradas como escravas para prostituição
Ai daquelas que resistem ou denunciam a encilhadaSão espancadas violentadas apedrejadas mutiladas
A pressão social trava qualquer acesso à educação
Assim como a menina Malala exigindo o direito ao estudo
Foi trespassada por bala na testa por seu diário contando tudoBibi Aisha teve o nariz e as orelhas por seu marido decepadas
Tentando fugir da violência bárbara de uma união forçada
Gul Meena vive hoje marcada pelas cicatrizes do machado
Desferido por seu irmão, em desonra da sua fuga com o namoradoExistem tantas outras como Nilofar que fugiu da faca e da ânsia
Dos pais, irmãos e vizinhos, por negar seus votos de infância
Lutai mulheres do mundo! A violência bate à vossa porta
Por toda parte crianças são maltratadas, escravizadas e mortasApesar da audácia dessas meninas em terras tão desoladas
Ainda estão longe as amarras de suas almas por séculos aprisionadas
(O mundo só terá salvação quando as mulheres assumirem esse bodeguim
E governarem cada país, cada cidade e cada vila com olhar
maternoAquele olhar de mãe que protege e estimula os filhos aos desafios externos
Para que a criança seja apenas criança, o saber nosso meio e o amor o nosso fim)
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